terça-feira, 3 de abril de 2018

Estudo revela papel decisivo da agricultura familiar da Amazônia na diminuição das emissões de GEEs


Qual o peso da agricultura familiar na emissão e na remoção dos gases que contribuem para o aquecimento global? E qual a contribuição desse segmento para uma agricultura de baixo carbono?

A pergunta parte da premissa de que a desigualdade social e a exclusão podem comprometer o sucesso de inciativas na direção do desenvolvimento sustentável, incluindo as metas com as quais o Brasil se comprometeu ao ratificar o Acordo de Paris.

A falta de estudos que atendessem a essas respostas levou a Solidariedad Brasil, com apoio técnico do Imaflora, a se voltarem para o tema. O resultado desse trabalho pode ser conhecido em “Balanço de Carbono na produção agrícola familiar na Amazônia:cenários e oportunidades”, que equaciona, pela primeira vez, indicadores e métodos para mensurar e monitorar as emissões de gases de efeito estufa em pequenas unidades e, a partir disso, contribuir para o desenho de políticas públicas e setoriais voltadas para uma agricultura de baixa emissão de carbono.

O trabalho de campo foi realizado em um dos maiores  assentamento da América Latina, o 
Tuerê, em Novo Repartimento, no Pará, município onde  a pecuária é predominante  – quase um milhão de cabeças – mas, que desde 2000, vem registrando um aumento dos cultivos de cacau na renda dos moradores.  O cultivo, no entender dos pesquisadores, tem alto potencial de inclusão social, uma vez que se aumenta a cobertura vegetal da região,  reduz a degradação do solo e gera renda para os produtores.

Construídos os parâmetros, os pesquisadores traçaram cinco cenários, tendo a produtividade, desmatamento e manejo como principais variáveis e que permitiram medir a relevância do papel da agricultura familiar da Amazônia na redução das emissões dos gases que contribuem para o aquecimento global.




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